Historia de Resistência e Determinação

PRIMEIRA BIOGRAFIA DE SUELI CARNEIRO NARRA VIDA DE LUTAS EM PROL DA MULHER NEGRA

Obra de Bianca Santana sobre uma das maiores intelectuais brasileiras ganha data de lançamento

A Companhia das Letras marcou o lançamento da primeira grande biografia de Sueli Carneiro, uma das mais importantes ativistas do movimento de mulheres negras no Brasil. “Continuo Preta” sai daqui a um mês, em 11 de maio.

Escrita pela jornalista Bianca Santana, a obra mostra como a vida da intelectual, que é doutora em educação pela Universidade de São Paulo e fundadora do Geledés, o Instituto da Mulher Negra, se confunde com a história da luta contra o racismo e o machismo estrutural no país desde, pelo menos, os anos 1970.

Santana conta que, se dependesse de Carneiro, o livro seria todo sobre o ativismo político e a produção intelectual da época “e não falaria nada sobre ela”. “Além de não ter vaidade, a Sueli preza muito por dizer que tudo é coletivo, que mudanças só acontecem de forma coletiva, e que uma visão personalista reforçaria uma perspectiva neoliberal que não nos interessa.”

Em tom de brincadeira, Carneiro definia sua vida à biógrafa da seguinte forma — “entre uma luta e outra, eu comia um pouco, bebia um pouco…”. Mas prevaleceu a ideia de que narrar a própria existência é construir a memória e, conforme argumenta Santana, um meio de combater o racismo.

Afinal, a biógrafa acabou gravando mais de 160 horas de depoimento de Carneiro e ouviu companheiros e familiares da ativista para desenterrar histórias que ela insistia em guardar —como de quando passou anos abrigando um casal que fugia clandestinamente da ditadura.




Revolução das favelas e periferia.


Em tempos normais ou de pandemia é preciso falar sobre a revolução das favelas e periferia. 

Só os que aqui estão podem verdadeiramente expressar números e sentimentos sobreo o que é o local que vivemos. Não se quer ovacionar as dificuldades e limitações em que vivemos, queremos dizer que moramos e para além da moradia, nós queremos ter e poder. É preciso fortalecer a ideia e ações de que "somos responsáveis por nós" não podemos nos eximir de propormos e executarmos a militância criativa, colocando a favela pra debater e intender o mundo e trazer o mundo para a favela escolher o que realmente se faz necessário.







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